domingo, 21 de março de 2010

No meu mundo...

No meu mundo há mais poetas que doutores
No meu mundo há igual número de génios e loucos
No meu mundo toda a gente trás uma fatia e partilha-a em pedaços
No meu mundo toda a gente ri como sente que chora
No meu mundo toda a gente chora como sente que ri
No meu mundo passa a vida a chover mas ninguém se molha
No meu mundo o sol é uma estrela só que mais perto
No meu mundo ninguém fala, toda a gente canta, e cada voz é uma nota e todas as notas uma sinfonia
No meu mundo o tempo pára quando estamos felizes
No meu mundo as cores são mais vibrantes, os sons mais sonantes e todo o toque leva ao orgasmo
No meu mundo andamos todos a viajar, o lar é obsoleto e encontramo-nos e abraçamo-nos todos nas estradas da vida
No meu mundo nada se perde tudo se transforma
No meu mundo existe então a permanente metamorfose
No meu mundo acontece então a constante catarse
No meu mundo a magia é bastante real, é composta por ideias, conceitos, imagens, sonhos, sons, película, paciência e amor
No meu mundo a anarquia anulou a civilização, e vivemos todos como irmãos
No meu mundo quem quer dorme e sonha
No meu mundo quem quer corre e vive
No meu mundo á muito tempo que encontramos o que andava mos á procura e finalmente temos tempo para respirar e aproveitar
Lá tudo é novo, mas temos sempre a leve impressão de dejá vu cada vez que tocamos num objecto
No meu mundo tudo é ideal, o puzzle desmonta-se da forma perfeita e nunca é o mesmo quando o voltamos a montar
No meu mundo é preciso la estar para perceber...
Vou lá dar um salto!


MERDA!!!!!! Esquecir de me comprar os bilhetes!

sexta-feira, 19 de março de 2010

O caderno 2

Eu não sei se você se recorda do seu primeiro caderno
Eu me recordo do meu
Com ele eu aprendi muita coisa
Foi nele que descobri que a experiência dos erros,
Ela é tão importante quanto à experiência dos acertos
Por que vistos de um jeito certo, os erros, eles nos preparam para nossas vitórias e conquistas futuras.
Por que não há aprendizado na vida que não passe pela experiência dos erros
Caderno é uma metáfora da vida, quando erros cometidos eram demais eu me recordo que nossa professora nos sugeria que a gente virasse a pagina
Era um jeito interessante de descobrir a graça que há nos recomeços
Ao virar a pagina os erros cometidos deixavam de nos incomodar e a partir deles a gente seguia um pouco mais crescido
O caderno nos ensina que erros não precisam ser fontes de castigos
Erros podem ser fontes de virtudes
Na vida é a mesma coisa
O erro tem que esta a serviço do aprendizado
Nenhum tem que ser fonte de culpas, de vergonhas.
Nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande sem que seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida
Uma coisa é a gente se arrepender do que fez
Outra coisa é a gente se sentir culpado
Culpas nos paralisam, arrependimentos não.
Eles nos lançam pra frente, nos ajuda a corrigir os erros cometidos.
Deus é semelhante a um caderno
Eles nos permite os erros pra que a gente aprenda pra fazer do jeito certo
Você tem errado muito? Não importa aceite de Deus esta nova pagina de vida que tem nome de hoje
Recorde-se das lições do seu primeiro caderno
Quando os erros são demais vire a pagina...

Fábio de Melo

O caderno

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel...
Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
E acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel...
Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel...
O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer...
Só peço, a você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer

Toquinho e Lupicínio Rodrigues

Eu e o tempo...

Eu na trilha incerta dos meus passos
mergulhado do destino imenso dos meus sonhos
vou percorrendo as estradas do mundo deitando a toalha branca
sobre o altares da humanidade
e retirando do horizonte o profano da vida
a matéria prima que será sacralizada.
Ele, o tempo e seus movimentos de suas cirandas
vida que se reveste de cores, estações litúrgicas
que nos convidam a celebrar o especifico de cada motivo;
Tempo de preparo, de colheita, vida comum, sopro do espírito, templo de ressuscitar.
Eu algo pequeno nesse mundo gigante, ele sacerdote das humanas razões
quando com ele não posso, faço acordo
sorrio com os motivos de suas alegrias e poetizo as tristezas
que de suas mãos se desprendem, Mas quando com ele posso ah quando com ele posso
eu dele me esqueço e VIVO...

Fabio de Melo.